quinta-feira, 7 de abril de 2011

'Vira para a parede, vou matar vocês' - Disse atirador da escola em Realengo - VIDEO E FOTO.

VÍDEO FEITO INSTANTES DEPOIS DO MASSACRE


Atirador que matou 12 em escola do Rio mandava crianças ajoelharem e virarem para
a parede antes de matá-las, contou uma estudante. “Vou te matar, não adianta correr”




O atirador Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, mandava as crianças virarem para a parede antes de matá-las, disse a estudante Jade Ramos Araújo, 12 anos, que estava na escola na hora do ataque.
“Ele gritava para as crianças: ‘Vira para a parede que vou te matar!’ As crianças gritavam, implorando: não me mata, não, moço!”, contou a menina, completando que ele mandava alguns estudantes se ajoelharem antes de disparar. “Vou te matar, não adianta correr”, afirmava Wellington.
De acordo com Jade, muitas crianças ficaram em estado de choque, sem ação, e outras desmaiaram diante da situação de pânico.
“Muita gente entrou em choque, desmaiou na escada, e aí que ele matou mesmo. Desmaiaram muitas pessoas. Ele atirava nos pés de outros, e as crianças passavam a pedir: ‘Me ajuda, me ajuda, não me deixe morrer”, disse a menina.


A menina disse que, por medo, evitou olhar para o atirador. Nos corredores da escola municipal, uma cena que nunca vai esquecer. “Parecia uma cachoeira de sangue, com sangue escorrendo feito água”, disse. "Tinha muita gente morta na escada, mais meninas que meninos".
Nos primeiros minutos do ataque, a professora da menina chegou a cogitar que os barulhos fossem explosões de bexiga. Porém logo duas meninas entraram na sala e avisaram do que se tratava. A turma então subiu para o terceiro andar, tentando fugir. No novo abrigo, a professora “trancou a porta com cadeira, mesa, armário, tudo o que tinha”.
Enquanto ouvia tiros, Jade ficou “abaixada, encolhidinha”. “Eu estava com medo de morrer e, para me tranquilizar, fiquei desenhando na minha mão. Desenhei uma casa, que era onde eu queria estar, para me tranquilizar”, disse a menina.

Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, preparou-se para a ação na Escola Municipal Tasso da Silveira com um recarregador automático de revólveres, que acelera e facilita o carregamento das armas - um calibre 38 e outro 32.
O uso do "jet speed" ou "speed loader", uma espécie de roleta que armazena os projéteis de revólver e dá velocidade ao recarregamento, demonstra que ele queria ser rápido e pretendia causar o maior número de mortes possiveis.
O recarregamento de pistolas automáticas pode ser feito com carregadores diretamente inseridos no cabo da arma. Por esse sistema, os projéteis já estão arrumados e vão sendo empurrados automaticamente em direção ao cano da arma. No caso dos revólveres, para arma ser carregada é necessário abrir o tambor e colocar as balas.
De acordo com policiais que viram o corpo, Wellington usava alguns desses aparatos em seu cinto de guarnição, onde portava muita munição. "Ele tinha uma quantidade para matar ainda mais pessoas do que matou. O 'jet speed' torna o carregamento mais veloz e mostra que ele estava com disposição para fazer o que fez", disse o tenente-coronel Polícia Militar Djalma Beltrame, comandante do 14º Batalhão (Bangu), que ajudou a evacuar o a escola.
O corpo do atirador, como mostra a imagem abaixo, ficou na escada do segundo para o terceiro andar da escola.

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Fonte: ig.com.br

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